sábado, 27 de novembro de 2010

Duque

     Ainda morando no Jardim Aurélia, na casa de fundos do casal espanhol, tive a primeira experiência desagradável envolvendo cães. 
     Foi assim...
     O filho caçula dos proprietários da casa onde eu morava tinha um pastor alemão que era o guardião do pedaço. Seu nome era Duque.
     Duque não era dado a amizades. Foi criado para ser cão de guarda e só. Não fazia gracinhas e nem brincava com ninguém. A unica qualidade de Duque é que não era agressivo com os moradores dali.
     Numa noite de domingo, após o jantar, minha mãe me pediu que levasse as sobras de comida para o Duque. Acho que naquele tempo, cães e gatos só viviam de sobras...
     Duque vivia na garagem da casa da frente.
     Fui levar a comida, bem quietinha ... Quando cheguei lá, a luz estava apagada e o local, bastante escuro. Mesmo assim, encontrei a vasilha dele e abaixei, para colocar a comida...                                                                    
     De repente, Duque pulou em cima de mim. Cai! Quando senti sua boca em meu braço, falei:
     - Sou eu, Duque!
     Ele parou automaticamente, sem deixar em mim um arranhão sequer.
     A partir desse dia, nunca mais quis muita graça com cães...
                                                         

Nenhum comentário:

Postar um comentário